Entrevista de Rodrigo Gomes, para O Fluminense

A música instrumental vai ganhar seis dias de festa em Niterói. O I MusiFest, que começa no próximo dia 24 e vai até o dia 30, reunirá os maiores instrumentistas da cidade e alguns dos nomes mais conhecidos do país em oficinas de música e shows. Idealizador e organizador do evento em parceria com a Secretaria de Cultura de Niterói, o baixista Arthur Maia conta os detalhes do festival.

Quando surgiu a idéia de fazer um festival de música instrumental em Niterói?

O MusiFest é uma idéia de muitos anos, um sonho que levei à Secretaria de Cultura e que o secretário Marcos Gomes topou embarcar. A idéia é unir uma comunidade em prol da música e dar um upgrade em nossa cultura. Este é um projeto que está começando em Niterói, mas que a gente acredita que vá se propagar pelo Brasil. Nossa intenção é pegar os melhores músicos do País e colocar à disposição de toda uma comunidade.

O que o público vai encontrar no festival?

Serão aulas ministradas por músicos residentes em Niterói, coincidentemente um time de primeira. A oficina de baixo, por exemplo, será feita por Mazinho Ventura, Alex Rocha, Luiz Alves e eu. Na de bateria, o comando fica por conta de Cláudio Infante e Robertinho Silva. A de guitarra será elaborada por Fernando Caneca, Dino Rangel, Paulinho Guitarra e Alex Martinho. Isso sem falar em outras feras que estarão à frente das oficinas de trompete, percussão, piano e saxofone As aulas serão gratuitas. Já os shows acontecerão à noite e os músicos de Niterói vão receber artistas do quilate de Paulo Moura, Hermeto Paschoal e Armandinho para participações especiais. Haverá, também, dois workshops falando sobre cidadania profissional, ministrado pelo sindicato dos músicos.

Você roda o mundo tocando. Falta muito para o MusiFest chegar ao nível dos grandes festivais organizados em outros países?

O MusiFest tem uma programação que não deixa nada a dever a qualquer festival. Nós vamos deixar um legado muito legal. Além dos workshops, oficinas e shows propriamente ditos, haverá o convívio de pessoas de várias nacionalidades, já que tem gente vindo de Moçambique, Angola, Uruguai, Argentina, Bahia, Paraíba e Rio Grande do Sul para participar do festival.

Qual a importância de um evento como este para um jovem que está começando os seus estudos com música?

É uma luz próxima. Aprendi que na vida a gente costuma procurar as coisas mais distantes, mas muitas vezes o melhor pode estar bem perto. É o caso deste festival. Sem falar que o fato de ter grandes músicos por perto ajuda a desmistificar. É tudo de bom!

A que se deve o fato de Niterói ter tantos músicos de qualidade?

Niterói era a capital do Estado do Rio de Janeiro, o que acabou dando à cidade o status de um ponto de encontro de todo o interior. Então todos os talentos acabavam vindo para aqui. Além disso, a vida em Niterói é mais musical.

Olhando para frente, pode-se vislumbrar um futuro tão bom para a cidade, no que se refere à música, quanto o cenário atual?

Com certeza. Hoje em dia a vida está mais rápida, as informações estão mais rápidas e essa globalização é boa. Isso sem falar no clima da cidade. Ele puxa para cima, para coisas legais. E Niterói é uma cidade em que ferve cultura.

Há pouco mais de uma semana para o início do I MusiFest já dá para pensar no II MusiFest?

Acho que já tem que pensar! Porque se nós conseguimos fazer tudo isso em quatro meses imagina com mais tempo... Já há empresas interessadas em participar no ano que vem. A nossa intenção é que o MusiFest vire uma marca de Niterói.


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Publicado em 30/06/2024

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