Desde a sua estreia, sob a benção jobiniana, num disco compacto que tinha "Agnus Sei" de um lado e "Águas de Março" de outro, o cantor e compositor João Bosco conta com mais de quatro décadas de carreira. Lançou, em 2012, o CD e DVD "Quarenta Anos Depois", que reuniu pérolas de seu repertório e participações especiais de nomes como Chico Buarque, Milton Nascimento, João Donato, Roberta Sá, Toninho Horta, Trio Madeira Brasil e Cristóvão Bastos.

No próximos dias 29 e 30 de setembro de 2017, sexta e sábado, às 20h, o Teatro Municipal de Niterói vai receber o show solo baseado nesta obra, que foi lançada em comemoração à sua trajetória de sucesso.

Através de faixas como "Tarde", "Trem bala", "Tanajura", "Lilia", "Bodas de prata", "Pra que mentir", "Tudo se transformou" e "Eu não sei seu nome inteiro", seu trabalho é apresentado como um diálogo de sua obra com mestres da tradição e, principalmente, da sua geração. O trabalho também traz uma leitura pessoal dessa moderna época de ouro da música brasileira que são os anos 50/60/70.





Mineiro de Ponte Nova, João Bosco de Freitas Mucci, mais conhecido como João Bosco, é cantor, violonista e compositor. Filho de pai libanês, começou a tocar violão aos doze anos, incentivado por uma família repleta de músicos. Suas primeiras influências foram Ângela Maria, Cauby Peixoto, Elvis Presley e Little Richard.

Alguns anos depois, iniciou na Escola de Minas em Ouro Preto cursando Engenharia Civil. Apesar de não deixar de lado os estudos, dedicava-se sobremaneira à carreira musical, influenciado principalmente por gêneros como jazz e bossa nova e pelo tropicalismo. Foi em Ouro Preto, em 1967, na casa do pintor Carlos Scliar, que conheceu Vinícius de Moraes.

Clique para ampliar.
Em 1970 conheceu aquele que viria a ser o mais frequente parceiro, com quem compôs mais de uma centena de canções: Aldir Blanc; "O mestre sala dos mares", "O bêbado e a equilibrista", "Bala com bala", "Kid cavaquinho", "Caça à raposa", "Falso brilhante", "O rancho da goiabada", "De frente pro crime", "Fantasia", "Bodas de prata", "Latin Lover", "O ronco da cuíca" e "Corsário, foram alguns dos sucessos da dupla.

A primeira gravação saiu no disco de bolso do jornal O Pasquim: Agnus Sei (1972). No ano seguinte, selou contrato com a gravadora RCA, lançando o primeiro disco, que levava apenas seu nome. Em 1972 conheceu Elis Regina, que gravou uma parceria sua com Blanc: "Bala com Bala"; a carreira então deslanchou.

A partir dos anos 80 e 90, após encerrar parceria com Aldir Blanc, passou a atuar mais frequentemente como cantor, e encontra outros parceiros: Capinam ("Papel Machê"), Waly Salomão e Antônio Cícero ("Holofotes"), além do filho poeta, Francisco Bosco, com quem compôs as faixas do disco "As Mil e Uma Aldeias".

E é um pouco dessa história que será repassada no palco do Teatro Municipal de Niterói.




Serviço

"Quarenta Anos Depois", de João Bosco
Data: 29 e 30 de setembro de 2017
Horário: Sexta e Sábado, às 20h
Ingressos: R$ 80,00 (inteira) - Ingresso
Classificação indicativa: Livre

Teatro Municipal de Niterói
Rua XV de Novembro, 35, Centro
Tel: (21) 2620-1624


Clique para ampliar.



Tags:






Publicado em 0000-00-00

Sala Carlos Couto apresenta mostra sobre 'La Belle Époque' De 10 de julho a 25 de setembro
João Tostes e Vinícius Vivas levam o Ukulele para o Municipal Sexta-feira, 27 de setembro
Grupo Papel Crepon leva 'Cinderela' para o palco do Municipal 28 e 29 de setembro
Lenda 'Itapuca' no palco do Teatro Municipal João Caetano Leia mais ...
Com fotos de Magno Mesquita, Niterói é tema de mostra na Carlos Couto Leia mais ...
Santa Thereza: Niterói enfim ganhou um teatro à sua altura MEMÓRIA
Clube Dramático Assis Pacheco estreia no Theatro Municipal Leia mais ...
A Grande Reforma do Theatro Municipal, em 1966 Segunda-feira, 02 de maio de 1966
Salvem o Theatro Santa Thereza Leia mais ...