O Instituto de Memória Musical Brasileira (IMMuB) completa 10 anos em 2016 e para comemorar apresenta no Teatro Municipal de Niterói o evento "Centenário do Samba em Niterói", nos dias 26 e 27 de agosto, às 20h, com a presença de pesquisadores e artistas representantes do gênero. Fechando a comemoração, no sábado, 27, sobem ao palco para uma histórica apresentação, Alfredo Del-Penho, Monica Mac, Fred Tavares, Marcus Lima, Alessandro Cardozo, Marmita, Oscar Bolão e o grupo Rio Trio, artistas consagrados e representantes do samba da cidade de Niterói.

No ano de 2016 o samba comemora 100 anos. O marco fundamental de nascimento do gênero acontece em 1916, com a gravação e registro de autoria de "Pelo telefone", de Donga e Mauro de Almeida, o primeiro samba lançado em disco. O samba se desenvolveu na influência de ritmos africanos, adaptados para a realidade dos escravos brasileiros e, ao longo do tempo, sofreu inúmeras transformações de caráter social, econômico e musical. É provavelmente originário do semba, um ritmo religioso angolano, cujo nome significa "umbigada", devido à forma como era dançado. O semba chegou ao Brasil nos tumbeiros hediondos que cruzaram o Atlântico, germinando em todo solo nacional. O gênero é também descendente do lundu, descrito como dança de roda, e também originada em Angola. Centro econômico e político do Brasil, o Rio de Janeiro se tornou o ambiente perfeito para a consolidação do Samba como um dos principais traços identitários da cultura brasileira.


Monica Mac

Clique para ampliar
Niteroiense, Monica Mac vem de uma família de músicos. Pedagoga por formação e cantora por devoção, há mais de 20 anos dedica-se exclusivamente à música como profissão e nos últimos 15 anos deu ao samba papel de destaque no seu repertório. Com sua forte voz, carisma e seu jeito peculiar e empolgante de se apresentar, tornou-se referência no cenário do samba niteroiense e conquistou um público exigente e amante do gênero. Dona de uma voz impecável, Monica ilumina as noites das casas de shows e bares do Rio de Janeiro, mas principalmente na cidade de Niterói. Dona de um timbre firme sem espalhafato e grande poder interpretativo, a cantora carrega as benéficas e nobres influências de grandes cantoras como Clara Nunes e ou de uma Alcione.

Marcus Lima

Clique para ampliar
Cantor, compositor e violonista nascido em Niterói, já participou e venceu importantes festivais. Em sua carreira, lançou 3 CDs: "Batismo do Mar", em 1997; "Quem Canta", em 2005 e "Marcus Lima", em 2008. Em 2012, participou e foi mais uma vez premiado numa importante mostra de samba que acontece anualmente em São Paulo: o SP Exposamba, dentre mais de 1000 sambas inscritos. Em abril de 2015, foi convidado para participar do intercâmbio Brasil-Noruega, junto com o "Pandeiro Repique Duo", efetuando um total de 25 concertos. Paralelo às atividades nos palcos, seja em seu show autoral, nos festivais pelo país ou mesmo no show de música e poesia que divide com sua parceira Elisa Lucinda, o compositor resolveu apostar num novo formato de gravação e lançou seu primeiro EP de nome "Plano B", com apenas cinco músicas.

Fred Tavares

Clique para ampliar
Cantor e sambista, Fred Tavares é um jovem talento, conhecido no universo do samba como herdeiro de bambas. O artista cresceu ouvindo música brasileira de qualidade e, aos 14 anos, com um cavaquinho emprestado, começou a arriscar os primeiros acordes e versos. Para desenvolver sua técnica, Fred se aprofundou nos estudos musicais e integrou diferentes grupos de samba de raiz. A voz potente e vibrante de Fred faz com que ele se destaque. Há mais de 10 anos, participa de rodas de samba, festivais e shows pelo Brasil. Já se apresentou com nomes consagrados, como Zeca Pagodinho, Alcione, Arlindo Cruz, Beth Carvalho, Carlinhos 7 cordas, Diogo Nogueira, Dudu Nobre, Emilio Santiago, Jorge Aragão, Luis Carlos da Vila, Iracema Monteiro, Zé Roberto e outros ícones do samba carioca.

Alfredo Del-Penho

Clique para ampliar
Cantor, violonista, compositor, ator e pesquisador brasileiro, Alfredo Dias Macedo Del-Penho nasceu em 12 de junho de 1981, em São Fidélis (RJ). Seu primeiro contato com o choro aconteceu em 1998. A partir daí, começou a frequentar as tocatas e serestas de Niterói, onde residia. Em um dos bares que frequentava, o Candongueiro (Niterói), conheceu os integrantes do "Grupo Unha de Gato", ao qual, posteriormente, veio a integrar. Além de cantor, Alfredo compõe, faz arranjos, toca violão e cavaquinho, produz, pesquisa e também atua. Como instrumentista, participou em 2003 dos Shows da Orquestra Sinfônica Nacional da UFF em homenagem a Ary Barroso. Em uma empreitada online, Alfredo conseguiu levantar fundos para a concretização de dois discos. A mobilização do público foi surpreendente. Ainda mais surpreendente foi o apoio que recebeu de artistas como Chico Buarque (o mesmo que, numa canja na Lapa, em maio, chamou Alfredo Del-Penho para dividir o palco com ele e Moyseis Marques). Em 2016 venceu o 27ª edição do Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Cantor de Samba.

Alexandre Nunes (Marmita)

Clique para ampliar
O cantor e compositor Alexandre Nunes, mais conhecido como o Marmita, começou tocando bateria e violão, aos 14 anos de idade. Com 20 anos, se interessou pelo cavaquinho e uniu essa paixão com o canto. O sambista é um dos componentes do Samba do Trabalhador, uma das mais famosas Rodas de Samba do Rio de Janeiro. Em 2011, lançou o CD "Minha Filosofia" e, recentemente, lançou seu segundo CD "Marmita". Esse trabalho conta com composições do próprio Alexandre e de outros nomes como Beto Sem braço, Martinho da Vila, Almir Guineto, Toninho Geraes, Moacyr Luz, além de novos talentos como João Martins e André da Mata.

Oscar Bolão

Clique para ampliar
Carioca, o baterista e percussionista Oscar Bolão, a inda na adolecência, começou a tocar pandeiro pelas ruas do Leblon. Ao formar seu primeiro grupo, o "Coisas Nossas", se matriculou na Escola de Música Villa-Lobos e foi estudar com Edgar Nunes Rocca. Após um período na escola, foi estudar com Rodolfo Cardoso, timpanista da Orquestra Sinfônica Brasileira. Graças ao seu crescente interesse pela percussão e o desejo de igressar na sinfônica Brasileira, Rodolfo o encaminhou para Luis Anunciação, com quem Oscar estudou por oito anos. Ao longo de décadas de atividades, Oscar tocou com inúmeros artistas como Elizeth Cardoso e Nei Matogrosso.

Alessandro Cardozo

Clique para ampliar
Cavaquinista, compositor, arranjador e diretor musical, desde cedo o niteroiense Alessandro Cardozo iniciou sua carreira artística aos 8 anos. Desde cedo frequentava serestas e rodas de choro e samba no Rio de Janeiro e em 1997 gravou um disco pelo selo Niterói Discos com o grupo de samba "Palco Iluminado" (Alessandro foi um dos fundadores do grupo). O artista ainda integrou a banda do regional de Zé da Velha e Silvério Pontes. Alessandro já teve suas composições gravadas por nomes como Arlindo Cruz e Maria Rita, além disso, é o responsável por arranjos de diversos artistas como Diogo Nogueira e Luiz Melodia.

Rio Trio

Clique para ampliar
Formado em meados de 2010 por Alessandro Cardoso (Cavaquinho), Netinho Albuquerque (Pandeiro) e Leandro Saramago (Violão 7 Cordas), músicos atuantes há mais de 20 anos, o Rio Trio se propõe a divulgar o choro, mantendo suas tradições e interpretando grandes nomes como Waldir Azevedo, Pixinguinha, Ernesto Nazareth, João Pernambuco, Jacob do Bandolim e outros. Além destes grandes nomes, o Rio Trio inova ao incluir em seu repertório compositores da nova geração.



Instituto de Memória Musical Brasileira (IMMuB)

O IMMuB, que completa 10 anos em 2016, tem como missão propagar e resgatar a memória da cultura musical brasileira. Há 10 anos o instituto vem digitalizando e catalogando o acervo musical brasileiro, passado e presente, através da manutenção e atualização de um banco de dados virtual. O resultado é o maior catálogo digital de informações, sons e imagens da discografia brasileira, atualmente com mais de 81.560 discos cadastrados. O IMMuB também atua na realização de projetos culturais como shows, livros, exposições, CDs e DVDs, somados a eventos de grande porte como o "3º Salão da Leitura de Niterói" e "Niterói – Encontro com América do Sul". Mantido pela Prefeitura de Niterói, por meio da Fundação de Arte de Niterói, desde 2011 o Instituto é responsável pela administração e produção do "Programa Aprendiz - Música na Escola", um dos mais importantes projetos de musicalização infantil ativos no país.


Serviço

Centenário do Samba em Niterói
Data: Sábado, 27 de agosto de 2016
Horário: 20h
Ingresso: R$10 (inteira)
Duração: 90 minutos
Classificação Livre

Teatro Municipal de Niterói
Rua XV de novembro, 35 – Centro, Niterói
Tel: (21) 2620-1624


Clique para ampliar.









Publicado em 0000-00-00

Sala Carlos Couto apresenta mostra sobre 'La Belle Époque' De 10 de julho a 25 de setembro
João Tostes e Vinícius Vivas levam o Ukulele para o Municipal Sexta-feira, 27 de setembro
Grupo Papel Crepon leva 'Cinderela' para o palco do Municipal 28 e 29 de setembro
Lenda 'Itapuca' no palco do Teatro Municipal João Caetano Leia mais ...
Com fotos de Magno Mesquita, Niterói é tema de mostra na Carlos Couto Leia mais ...
Santa Thereza: Niterói enfim ganhou um teatro à sua altura MEMÓRIA
Clube Dramático Assis Pacheco estreia no Theatro Municipal Leia mais ...
A Grande Reforma do Theatro Municipal, em 1966 Segunda-feira, 02 de maio de 1966
Salvem o Theatro Santa Thereza Leia mais ...