A Sala Carlos Couto, anexo ao Teatro Municipal de Niterói, abre suas portas na terça-feira, 24 de março de 2015, às 19 horas, para o lançamento do livro "Fernando Pessoa - O cavaleiro de nada", de Elisa Lucinda, publicado pela Editora Record.

Há muitas pessoas em Fernando Pessoa e cada leitor encontra nessa alma múltipla um Pessoa com quem se identificar. Elisa Lucinda leu Fernando Pessoa e, à sua maneira, se apropriou dele. Habitou essa persona como se ela mesma fosse outro. Mergulhada em Pessoa, Elisa escreveu seu primeiro romance. A obra tem o poeta como narrador-personagem, que, moldado e conduzido pela palavra de Elisa, apresenta ao leitor sua vida, da infância até a morte. Ricamente ilustrado e com prefácio assinado pelo moçambicano Mia Couto, "Fernando Pessoa – O cavaleiro de nada" chega às livrarias pela Editora Record.

Em "Fernando Pessoa - O cavaleiro de nada", Elisa Lucinda assume a voz de Pessoa para contar sua história. Mas não se trata de uma biografia. A poeta se imagina na pele de Pessoa e preenche as lacunas de biografias já existentes – com toda a liberdade que uma obra de ficção permite. A voz desse Pessoa ficcional, criado por Elisa, é intercalada com trechos de cartas, diários e poemas, que a escritora cita e assimila em sua prosa. A obra traz fotos raras de Pessoa e sua família, que ilustram as páginas como um álbum de retratos.



Elisa Lucinda começou a pesquisar a vida de Fernando Pessoa muito antes de decidir escrever o livro. A paixão pelo poeta resultou, primeiro, na peça "A Natureza do Olhar", que teve como base as notas para a recordação de meu mestre Caeiro – escritas por Pessoa sob o heterônimo de Álvaro de Campos. Elisa foi a responsável pela adaptação do texto (em parceria com Geovana Pires) e subiu aos palcos para defendê-lo. A ideia do livro veio depois, quando a poeta e atriz já estava totalmente imersa em Pessoa e no universo criado por ele.

"Conheço quem tenha querido escrever como Pessoa. Mas não conheço quem quisesse escrever sendo Pessoa. Elisa Lucinda não apenas quis: ela fez. Lucinda escolheu o desafio mais difícil que conheço na literatura de língua portuguesa. Ela viajou de si mesma, morando a sua alma nas antípodas daquilo que foi Fernando Pessoa: mulher, mãe, negra, brasileira, amante da vida e dos outros, pessoa cuja arte se faz de palco e de luzes. (...) Ela não traduziu o poeta. Ela traduziu – se nele." - Mia Couto


Elisa Lucinda

Poeta, atriz, jornalista, professora e cantora, Elisa Lucinda nasceu em um domingo de Carnaval, em Vitória do Espírito Santo. Seus livros de poesia "O semelhante" (1994), "Euteamo e suas estreias" (1999) e "A fúria da beleza" (2006), já venderam, juntos, mais de vinte mil exemplares e foram transformados em espetáculos pela atriz. Com o monólogo "Parem de falar mal da rotina", em cartaz no mês de Março de 2015 no Teatro Municipal de Niterói, a multiartista excursiona, desde 2002, pelo Brasil e pela Europa, sempre com plateias lotadas. A carismática Elisa, que, nas palavras de Nélida Piñon, "tem a linguagem em chamas", tem publicados dezesseis livros, dentre os quais "O menino inesperado" e "Lili, a rainha das escolhas", e ensina a sua arte de dizer versos na Casa Poema (RJ), e itinerantemente por onde passa. "Fernando Pessoa - O cavaleiro de nada" é seu primeiro romance.


Serviço

Noite de Autógrafos
Obra: "Fernando Pessoa - O cavaleiro de nada"
Autor: Elisa Lucinda
Data: Terça-feira, 24 de março de 2015
Horário: 19h
Classificação Etária: Livre
Evento gratuito

Teatro Municipal de Niterói
Rua XV de Novembro 35, Centro
Tel: (21) 2620-1624

Tags:






Publicado em 01/03/2015

Sala Carlos Couto apresenta mostra sobre 'La Belle Époque' De 10 de julho a 25 de setembro
João Tostes e Vinícius Vivas levam o Ukulele para o Municipal Sexta-feira, 27 de setembro
Grupo Papel Crepon leva 'Cinderela' para o palco do Municipal 28 e 29 de setembro
Lenda 'Itapuca' no palco do Teatro Municipal João Caetano Leia mais ...
Com fotos de Magno Mesquita, Niterói é tema de mostra na Carlos Couto Leia mais ...
Santa Thereza: Niterói enfim ganhou um teatro à sua altura MEMÓRIA
Clube Dramático Assis Pacheco estreia no Theatro Municipal Leia mais ...
A Grande Reforma do Theatro Municipal, em 1966 Segunda-feira, 02 de maio de 1966
Salvem o Theatro Santa Thereza Leia mais ...