Obras imprimem visão caótica dos centros urbanos

No dia 16 de agosto, terça-feira, às 19h, o artista Rubens Mattos vai abrir a exposição "Mutatis Mutandis", na Sala José Cândido de Carvalho. A curadoria é da gravadora e pintora Desirée Monjardim. O texto da mostra é assinado por Marcos Cardoso e Edmilson Nunes.

O público vai ver cerca de 10 obras, em acrílica sobre tela, que apresentam uma visão caótica dos centros urbanos, com suas mazelas e o excesso de elementos que formam a cena em turbilhões de presenças e cores. Rubens se enveredou há algum tempo pelo caminho do abstrato, inspirado pela vida, quase sempre urbana sob uma ótica pessoal de caos imaginário espelhando o real. A mostra fica em cartaz até 16 de outubro.

O título da mostra se refere a ‘mudando o que precisa ser mudado’ e é justamente este conceito que ele imprime em seus trabalhos: o caos. O abstrato é uma forma de expressão que vem da alma do artista e ele não permite limites à sua pintura. Pinta o que vê e da forma como enxerga. Nas telas, as imagens às vezes se mostram distorcidas por fazerem parte de um mundo imaginário, mundo este que está impresso na integra do quadro.

"Pinto o abstrato por coerência a uma visão caótica do nosso mundo, onde o amor é sobrepujado pelo ódio. Porém por uma teimosa esperança, acredito na metamorfose ambulante. Gosto da dúvida, pois a certeza é um equívoco. Por isso, meu caminho hoje é o abstrato, mas posso mudar com o tempo", explica o artista.

O público vai poder refletir, a partir das obras apresentadas, do que é o mundo e no que ele pode se tornar.





Sobre o artista:

Rubens Mattos teve sua primeira experiência com os pincéis, em 1965, quando tinha 11 anos. Com o material dado por uma tia, produziu então seus dois primeiros quadros de vielas francesas baseadas em pintura da época. As duas telas se apresentam pintadas em óleo sobre Eucatex. Depois, na juventude, realizou algumas obras. Fez a ilustração, a pedido de um amigo, do livro ‘Síndrome Prodergiana’. Já nos anos 2000, a convite da amiga Lina Ponzi, também artista plástica, foi fazer parte de um grupo de discussão e produção de arte e realização de avaliações dos trabalhos do grupo, chamado “Vinho Lilás”, orientado por dois renomados artistas plásticos: Edmilson Nunes e Marcos Cardoso.

Em 2017, experimentalmente, efetuou pintura de mobiliários, retomando, então, seu caminho para a pintura de telas. Dois anos depois, participou de exposição, no evento ‘Território Carioca’, realizado na fábrica Bhering, com participação expressiva de artistas visuais, que dentro de suas especialidades, mostraram as belezas do Rio de Janeiro. Também fez parte de ‘Tipo Coletivo’ – evento coletivo de obras realizadas em tipografia, na Gamboa, no Rio de Janeiro. Convidado ainda por Lina Ponzi passou a ter trabalhos expostos na galeria 3COLETIVO DE ARTE, que ficava instalada na Fábrica Bhering. Lá, conheceu o colecionador francês Bertrand Denieul.

Daí em diante passou a produzir incessantemente e de maneira assídua, participando de várias exposições coletivas, inclusive do 47º salão de arte primavera do MAM de Rezende (RJ), além de: ‘Como vai você’, na Galeria Poste; ‘Patifaria’, na Titocar Poético; ‘Ocupação Multiverso Colaborativo, Imaginário Periférico 20 anos’, no Centro Cultural Capiberibe; "O Tempo das Coisas", no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro; ‘Atemporal’ na galeria MADD, em Pendotiba, Niterói; entre outras.

Está em exposição permanente de quadros na empresa Arte em Movimento, no shopping da Gávea, e na Vogue Gallery Brasil.


Fotos de Léo Zulluh e Luiz Ferreira



Serviço:

Exposição "Mutatis Mutandis", de Rubens Mattos
Curadoria: Desirée Monjardim
Texto assinado por Marcos Cardoso e Edmilson Nunes.
Visitação: de 17 de agosto a 16 de outubro de 2022, de segunda a sexta, das 9h às 17 horas.
Entrada gratuita

Local: Sala José Cândido Carvalho
Endereço: Rua Presidente Pedreira, 98 – Ingá – Niterói








Publicado em 11/08/2022

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