O universo dos palhaços, do circo e dos artistas saltimbancos vai ocupar o Museu Janete Costa de Arte Popular, a partir da quarta-feira 23 de agosto, às 19h, com a exposição "Mambembe", dos artistas mineiros Fábio Francino e Silas Vilela, residentes do distrito de Vitoriano Veloso (MG), mais conhecido como "Bichinho". A abertura acontece às 19h. "Mambembe" pode ser visitada de terça a domingo, das 10h às 18h, até o dia 29 de outubro.

Com curadoria do colecionador Jorge Mendes, a mostra fará uma homenagem aos artistas que dedicam a vida a plantar e espalhar arte e cultura pelo Brasil. De acordo com o curador, o nome da exposição foi inspirado na peça "O Mambembe", escrita por Artur Azevedo (1855-1908), e montada, originalmente, em 1904.

Ao todo, serão 35 obras, com 20 peças produzidas em papel machê por Fábio Francino; e 15 esculturas em madeira - suntuosas cabeças de palhaços - assinadas por Silas Vilela.





A tradição dos artistas itinerantes, viajantes sem pouso fixo ou porto certo, remonta a tempos imemoriais. Nas estradas em que transita essa arte, popular por definição e excelência, transitam também saberes, linguagens, afetos, sonhos - cultura, numa palavra. Na complexa vastidão do Brasil, feito de periferias múltiplas e centros variados, os menestréis forjaram o tecido cultural da nação, além de representarem um ideal libertário.

"Mambembe" homenageia os artistas que fazem da liberdade caminho e motivação, espalhando arte e temperando o saboroso caldo da cultura popular brasileira. Celebra a "Era do Circo de estrada" na pessoa de nossos mais importantes palhaços: de Benjamin de Oliveira - primeiro clown negro do país -, até Carequinha, passando por Cardona, Piolin, Arrelia, Torresmo, Fred e Picolino.

"Mambembe" compartilha o Museu Janete Costa de Arte Popular com a exposição "Na Companhia de Jorge"





Os Artistas

Fábio Francino - escultor e restaurador, nasceu em Divinópolis (MG), em 1986, onde viveu sua infância, já manifestando o interesse pelo desenho e modelagem. Com 16 anos, decidiu viver em Bichinho, distrito de Prados (MG), onde seu pai nasceu e local conhecido internacionalmente pela vocação para as artes, com diversas oficinas e lojas de artesanato.

Trabalhou, inicialmente, esculpindo em pedra sabão, pintando e dando acabamento em peças para comerciantes locais. Posteriormente, conseguiu um emprego na renomada Oficina de Agosto. Francino foi indicado ainda para trabalhar na restauração da Igreja Nossa Senhora da Penha, construída na metade do século XVIII

Formado em música, o escultor, que já expôs no Centro Cultural Yvens Alves (MG), no Museu de Arte Popular de Diadema (SP) e na Galeria Venina (RJ), segue espalhando sua arte pelo Brasil e pelo mundo, incluindo Alemanha, França, EUA.

Silas Vilela - escultor e restaurador, nasceu em 1984, em Divinópolis (MG). Aos 18 anos, mudou-se com sua família para Bichinho (MG), lugar onde seu pai nasceu e onde trabalhou como auxiliar de restaurador na Igreja Nossa Senhora da Penha de França e, como artesão, em uma oficina de artesanato local, onde foi aprimorando sua técnica com o formão.

Em 2005, passou a trabalhar dedicado à Arte sacra, cumprindo encomendas de santos, querubins e uma grande produção de divinos. Com passar do tempo, começou a esculpir cabeças humanas com temas diferentes, entre palhaços, personagens como Dom Quixote, artistas como Frida Kahlo e cabeças de seu santo preferido: São Francisco.

Atualmente, expõe as cabeças esculpidas em madeira no distrito de Bichinho e já teve seu trabalho comprado por admiradores do Brasil e do exterior.


Serviço

Mostra "Mambembe"
De Fábio Francino e Silas Vilela
Curadoria: Jorge Mendes

Abertura: 23 de agosto de 2017, às 19h
Visitação: até 29 de outubro de 2017
Horário: De terça a domingo, das 10h às 18h
Classificação: livre
Entrada Franca

Local: Museu Janete Costa de Arte Popular
Endereço: Rua Presidente Domiciano, 178-182, Boa Viagem, Niterói-RJ
Informações: (21) 3617-7736


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